Somos um movimento de cidadania em defesa do Tejo denominado "Movimento Pelo Tejo" (abreviadamente proTEJO) que congrega todos os cidadãos e organizações da bacia do TEJO em Portugal, trocando experiências e informação, para que se consolidem e amplifiquem as distintas actuações de organização e mobilização social.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

CONSTITUIÇÃO DE ASSOCIAÇÃO DE REGANTES DO TEJO

A constituição de associações de regantes é um passo determinante para uma adequada e coordenada participação dos utilizadores agrícolas na discussão dos Planos de Gestão da Região Hidrográfica do Tejo, podendo também definir posições comuns sobre a forma como podem dar um uso mais eficiente à água e reduzir a contaminação com origem na agricultura intensiva, contribuindo assim para o bom estado ecológico das massas de água em 2015, para além de melhorarem os factores de competitividade das suas produções agrícolas.
Deixo o alerta para a provável degradação da qualidade e quantidade da água proveniente de Espanha, assunto sobre o qual esta nova associação deverá ter alguma coisa a dizer.
Mais um passo positivo para melhorar o estado do Tejo e os direitos dos seus utilizadores.
Bem hajam os seus promotores.

Jornal "O Ribatejo" 05.10.2010
As Câmaras Municipais de Almeirim e de Alpiarça, juntamente com vários produtores agrícolas de ambos os concelhos, estão a desenvolver esforços para constituir uma associação de regantes.
“O objectivo é aproveitar as potencialidades de rega do rio Tejo e da Vala Real, num modelo que não será muito diferente daquele que foi criado nos campos de Vila Franca de Xira”, explicou Pedro Ribeiro, vice-presidente da Câmara de Almeirim, acrescentando que todos os interessados devem manifestar-se junto de qualquer uma das autarquias.
Segundo o mesmo responsável, a constituição de uma associação de regantes permite, por um lado, “diminuir os custos de produção dos agricultores, uma vez que os gastos com regas diminuem pelo menos 50%”, e ainda, a nível ambiental, “proteger os lençóis freáticos de uma utilização excessiva”.
Com este sistema, cada proprietário deixa de utilizar o seu próprio furo e passa a receber a água para a rega directamente do Tejo ou da Vala Real através de um único sistema, monitorizado através de meios informáticos.
Outra das vantagens, segundo o vereador, é o facto de serem possíveis candidaturas a fundos comunitários específicos, em que alguns dos projectos poderão mesmo ser apoiados a 100%.
“Saberemos mais pormenores sobre estas questões após uma reunião com o director regional de agricultura, que já foi solicitada”, disse Pedro Ribeiro, para quem esta é uma oportunidade para concretizar “a tão desejada ligação do Tejo à Vala, assim como a construção de vários diques na Vala Real”.
O vereador acrescenta que, “além de permitirem a rega dos campos, os diques servem ainda como garantia de um espelho de água que poderá ter diversas outras utilizações, nomeadamente de lazer e desportivas”.

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